sábado, 21 de janeiro de 2012

PÁGINA CULTURAL DO JORNAL DE ANGOLA



O escritor Fragata de Morais procedeu na quinta-feira (05/12/11), em Maputo, Moçambique, ao lançamento da sua mais recente obra, intitulada “Batuque Mukongo”.
Manuel Augusto Fragata de Morais, de nome completo, diplomata de carreira e no momento emprestado à política, traz a público, em “Batuque Mukongo”, as suas memórias em forma de poesia.
Na obra, os leitores têm a oportunidade de conhecer vários episódios da vida do autor, desde a sua infância na província do Uíge, a sua terra natal. “Batuque Mukongo” tem o prefácio assinado por José Luís Mendonça, conhecida figura da literatura angolana.
A apresentação do livro, na capital moçambicana, foi feita pelo professor universitário Nataniel Ngomane. O acto decorreu na Associação dos Escritores Moçambicanos, com sede no Instituto Superior de Artes e Cultura, tendo registado a presença de várias entidades locais e estrangeiras, com destaque para o embaixador de Angola em Moçambique, Isaías Jaime Vilinga, e do ex-representante moçambicano em Luanda, que cessou iguais funções no ano passado, António Matonse.
Na ocasião, o autor do livro informou que os leitores angolanos vão tomar contacto com a obra ainda no decurso deste mês, numa cerimónia que está a ser preparada pela União dos Escritores Angolanos. “Batuque Mukongo” junta-se a outros títulos da lavra de Fragata de Morais, de que se destacam obras como “A Seiva”, “Como Iam as Velhas Saber Disso”, “Inkuna Minha Terra”, “ Jindunguices”, “Momentos de Ilusão”, “A Sonhar se fez verdade”, “Antologia Panorâmica de Textos Dramáticos”, “A Prece dos Mal Amados”, “Sumaúma”, “Memórias da Ilha-Crónicas” e “O Fantástico na Prosa Angolana”.

Autor de peças de teatro
Também dramaturgo, entre os poucos existentes em Angola, os seus primeiros escritos aparecerm na década de 1960, em Paris, onde frequentou a Universidade Internacional de Teatro, na qual trabalhou com André Louis Perinetti e Victor Garcia.
Na Holanda, a convite do STAUT da Academia de Artes Dramáticas, escreveu, realizou e encenou os seus trabalhos pioneiros de teatro infantil, que levaram o nome genérico de “Gupia” . O s mesmos foram apresentados no Holland Festival e no Berlin Kinder Und Jugendtheater, em 1971. No seu próprio grupo teatral, “The Frist Company”, realizou, encenou e actuou nas peças “The Indian Wants the Bronx” de Israel Horowitz, “Fando e Lis” de Arrabal, bem como “The Hole”, “Agonies “ e “Sketches”, todos de sua autoria.
Os seus contos e poemas foram publicados em revistas e jornais holandeses, estando incluídos em duas antologias, uma de escritores angolanos e outra de escritores de língua portuguesa. É cronista do Jornal de Angola, membro da União dos Escritores Angolanos e desempenhou as funções de Vice-Ministro da Educação e Cultura.

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